A parte mais dificil da gravidez é esperar que as pessoas entendam, que as vezes o seu estado de agitaçao ou de agressividade ou de extrema seriedade nao é o fruto de uma raiva que vc tenha de fato verso o outro, mas de uma condiçao momentanea chamada: HORMONIOS. Essa semana, eu odiei os hormonios da gravidez. Ao 8o mes e na reta final, depois de ter conseguido superar quase 32 semanas sem antidepressivos, meus hormonios me deram uma rasteira e venceram a batalha que eu travava com a minha mente. Briguei com quem eu normalmente nao brigaria, disse coisas que eu certamente diria, mas normalmente eu nao teria dito na maneira mais direta possivel (teria tido mais tato) e, quem estava do outro lado nao estava pronto pra mim. Nem para me ver tao direta e crua, nem para receber o meu "puxao de orelha". Resultado: mais brigas, fui ofendida, mais dor... Mais depressao. Ativaçao da minha rede de cuidados: psiquiatra, psicologo e ginecologista. Ai veio a bomba, eles disseram:&quo
Somos hoje consequencia de todas as nossas experiencias: as boas e as ruins. O que fazemos com estas experiencias é em parte nossa responsabilidade, mas uma responsabilidade limitada pelos dons que fomos capazes de desenvolver ao longo do nosso processo evolutivo. Eu tive muita sorte pq eu consegui transformar alguns dos meus medos em motor para crescer, mas outras inseguranças me fizeram percorrer um caminho muito mais longo do que teria percorrido caso tivesse havido, por exemplo, uma melhor autoestima no inicio da fase adulta. O medo de decepcionar, de errar, de nao agradar, de falhar, me induziram a começar 5 graduaçoes diferentes e ate hoje eu lamento nao ter terminado engenharia, mesmo que eu ame o direito. Esse mesmo medo me bloqueou em centenas de artigos cientificos que eu poderia ter escrito, pq acreditem ou nao, minha cabeça esta sempre cheia de ideias de pesquisa e de conceitos fantasticos sobre os mais diferentes assunto, mas simplesmente nao sou capaz de colocar isso